O filme Filhas de Lavadeiras, vencedor do Prêmio Mistika – Melhor Curta-Metragem e do Prêmio Aquisição Canal Brasil de Incentivo a Curta-Metragem no Festival É Tudo Verdade, contou com a participação das Movielas Carol Matias (Direção de Fotografia) e Juciele Fonseca (Som).
Nós Movielas parabenizamos a equipe do filme e a diretora Edileuza Penha de Souza, a única mulher negra premiada nesta edição do Festival.
Por mais mulheres negras na frente e atrás das câmeras!
Declaração da diretora do filme, Edileuza Penha de Souza
“Não sei se sou a primeira mulher negra premiada no Festival É Tudo Verdade em 25 anos. Nesse, eu sei que sou a única mulher negra. E isso não é mérito. Porque a gente quer ter muitas mulheres negras no vigésimo sexto, no trigésimo quinto, no centésimo nono… Enfim, vida longa ao Festival É Tudo Verdade. Porque é uma maravilha, porque é lindo estar nesse festival. O maior e mais importante festival de documentários da América Latina. Mas ter uma mulher negra falando de histórias de outras mulheres negras é muito importante e eu sou muito grata à curadoria, ao júri. Que o festival premiar muitas outras mulheres negras. E esse prêmio não é meu, não é da Edileuza. Esse prêmio vai para todas as mães, vai para todas as filhas, vai para toda a equipe. Eu tô muito, muito feliz!”
Edileuza Penha de Souza
Sobre o filme “Filhas de Lavadeiras”
O filme “Filhas de Lavadeiras” conta histórias de mulheres que puderam ir à escola graças ao empreendimento das mães lavadeiras.
Histórias de mulheres negras que romperam trajetórias de miséria, ainda que em meio ao racismo e sexismo, pela herança de suas mães e avós que acreditavam na educação como resistência. Mesmo em profissões socialmente desvalorizadas, como as de lavadeiras — talvez as primeiras ocupadas por mulheres negras, em consequência do controverso processo de abolição brasileiro —, elas se tornaram forças propulsoras de mudanças no seio das famílias negras, mudanças de dentro e de fora. Esse é o fio condutor de “Filhas de Lavadeiras”, mais um documentário consistente e sensível sob direção de Edileuza Penha de Souza, inspirado na obra da escritora negra Maria Helena Vargas, trazendo à tela narrativas de amor e afeto.
